Fernando Diniz tem seu primeiro desafio no comando da Seleção Brasileira 

Fernando Diniz é uma figura controversa no futebol brasileiro. Tratado como um revolucionário em 2016, quando levou o desconhecido Audax ao vice-campeonato paulista para o Santos, derrubando São Paulo e Corinthians no mata-mata, sofreu bastante para conseguir se consolidar entre os grandes clubes brasileiros, com passagens ruins por Athletico Paranaense e Fluminense, onde deixou os dois na zona de rebaixamento do Brasileirão. 

A virada de chave veio com a ida ao São Paulo, em 2019. No Tricolor, passou quase um ano e meio, chegou a liderar o Brasileirão, mas após uma marcante discussão com Tchê Tchê, que foi o pontapé inicial para a queda livre e a demissão dele em janeiro de 2021. 

Jornada para a seleção

Novas passagens ruins por Santos e Vasco, pareciam interromper a promissora carreira nos grandes, mas veio o Fluminense, onde apesar dos números ruins, tinha deixado bons frutos e era querido por torcida e diretoria. Dessa vez, fez campanhas sólidas, levou o Tricolor às semifinais da Copa do Brasil e para a fase de grupos da Libertadores de 2023. Após a saída de Tite e a dificuldade em encontrar um substituto imediato, ele foi “convocado” como um interino, mas para muitos com grandes chances de ser efetivado, já que a situação de Carlo Ancelotti é uma incógnita. O italiano não fala sobre a Seleção Brasileira e teria demonstrado irritação com o seu nome sendo constantemente falado pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Se for bem durante os inúmeros compromissos, Diniz tem a chance de seguir, sobretudo se a opinião pública e os torcedores gostarem do futebol apresentado. 

Começando os trabalhos

Em sua primeira convocação, precisou fazer duas mudanças por lesão, com o goleiro Bento dando lugar para Lucas Perri e o atacante Vinícius Júnior sendo substituído por Raphinha, ambos sofreram com lesões. Ausente nos jogos do Al Hilal, Neymar estaria recuperado de lesão e deve se apresentar e ficar como opção para Diniz. Em meio a polêmicas, o camisa 10 deixou o PSG rumo a Arábia Saudita, que investiu pesado no meio do ano, e tenta retomar seus melhores dias. Apesar do momento conturbado, Neymar é considerado uma peça fundamental para a equipe e é visto como um líder entre os mais jovens. 

Sem Vinícius Júnior, que terminou a temporada em alta, o treinador pode apostar em Gabriel Martinelli ou Raphinha.  

A lista foi conservadora, mantendo boa parte da base que esteve no Catar em 2022 e tem como principais novidades o goleiro Lucas Perri (Botafogo) e os laterais Vanderson e Caio Henrique (Monaco). 

Do clube onde trabalha, o Fluminense, ele levou o zagueiro Nino e o volante André, que já haviam sido presença em convocações do antigo interino Ramon Menezes, nos primeiros amistosos de 2023. 

O Brasil enfrenta a Bolívia na quinta-feira, 8 de setembro, às 21h45 (Brasília), no Estádio Mangueirão, em Belém, Pará, e depois o Peru, no Estádio Nacional, em Lima, no dia 12 de setembro, às 23h (Brasília). 

Os escolhidos por Diniz para as primeiras rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas: 

Goleiros: 

Alisson – Liverpool (ING) 

Ederson- Manchester City (ING) 

Lucas Perri – Botafogo 

Laterais: 

Renan Lodi – Olympique (FRA) 

Caio Henrique – Monaco (FRA) 

Danilo – Juventus (ITA) 

Vanderson – Monaco (FRA) 

Zagueiros: 

Ibañez – Al-Ahli (Arábia Saudita) 

Gabriel Magalhães – Arsenal (ING) 

Marquinhos – PSG (FRA) 

Nino – Fluminense 

Meio-campistas: 

André – Fluminense 

Bruno Guimarães – Newcastle (ING) 

Casemiro – Manchester United (ING) 

Joelinton – Newcastle (ING) 

Raphael Veiga – Palmeiras 

Atacantes: 

Gabriel Jesus – Arsenal (ING) 

Gabriel Martinelli – Arsenal (ING) 

Richarlison – Tottenham (ING) 

Rodrygo – Real Madrid (ESP) 

Neymar – Al-Hilal (Arábia Saudita) 

Raphinha – Barcelona (ESP) 

Matheus Cunha – Wolverhampton (ING) 

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